No caso do esquema que
representa os espaços usados entre as letras, foi observado
em sala de aula que este pode ser, também, tanto uma imagem
esquemática, quanto uma figura. Na verdade tendendo mais
para a segunda opção, em função da
relação próxima que guarda com o real.
Durante a discussão,
chegou-se a uma outra explicação, dentro da linha
da semiótica, do porquê das imagens esquemáticas
serem diferentes conceitualmente das figuras: as imagens esquemáticas
guardam muito pouco de imitação do referente e isto
significa, portanto, que estas são pouco icônicas,
e, se são pouco icônicas, elas também são
menos figuras.
Estes conceitos estão
se complexificando ainda mais na era da pós-modernidade.
Como foi bem lembrado, Jean Baudrillard já fala da representação
da representação, onde uma figura é re-significada
por outra figura baseada na primeira (ou seja, em sua representação)
e não no objeto real.
Um dos exemplos levantados
foram os parques temáticos como o Epcot Center, onde países
com suas representações são reproduzidos
em miniaturas, No caso da França, por exemplo, construiu-se
uma miniatura da torre Eiffel que obviamente representa a original
francesa, por sua vez construída para representar uma época
com determinados valores. Outros exemplos foram levantados neste
sentido, como a nova leitura da moda hippie, os travestis etc.